segunda-feira, 17 de março de 2014

Camping Digital

Entre os dias 18 e 20 de abril, a militância petista poderá participar de oficinas, debates e análises sobre tecnologia e mídias sociais. Shows do Teatro Mágico e Racionais MC’s estão confirmados


Oficinas que vão desde a criação de blogs até encontros para troca de chaves criptográficas. Estes exemplos resumem bem o que será o Camping Digital do PT – uma iniciativa da secretaria de Comunicação do Diretório Estadual do PT Paulista para formar a militância e destacar a importância do conhecimento nas novas mídias. Marcado para o feriado da páscoa (18 a 20 de abril), a etapa digital da Caravana Horizonte Paulista ocorrerá em São José dos Campos – cidade pertencente à macrorregião do Vale do Paraíba – e será aberto a todos os militantes do Partido dos Trabalhadores.

Marque na agenda e aguarde a abertura das inscrições por meio do Portal Linha Direta e em sua macrorregião!

Durante os três dias de evento, os participantes terão oficinas práticas, teóricas e debates sobre os principais assuntos em pauta atualmente. Em breve, divulgaremos a programação com detalhes de cada atividade e a presença de importantes nomes no cenário de tecnologia. Inscreva-se e não perca as novidades!

Atividades culturais e artísticas, como uma Oficina de Graffiti e diversos Saraus também fazem parte da programação do acampamento. Além disso, durante todo o período ocorrerão shows de artistas independentes e mostras de arte. Ao final de cada dia, um grande show fechará as atividades. A trupe do Teatro Mágico e os Racionais MC’s já estão confirmados.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Encontro da Juventude Horizonte Paulista - Guarulhos e Alto Tietê

Queremos que você participe do Encontro da Juventude Horizonte Paulista - Guarulhos e Alto Tietê 

Venha debater e expor suas ideias sobre São Paulo. 
Data: 15/03 às 18h Local: PT Guarulhos (R. Harry Simonsen, 144)

Use hashtag #JuventudeHorizontePaulista



quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

PT completa 34 anos e ameaça voltar a ser valente



por Fábio Serapião — publicado 11/02/2014 05:59, última modificação 12/02/2014 06:20
A depender dos discursos proferidos na noite de segunda-feira durante comemoração dos seus 34 anos de fundação, o Partido dos Trabalhadores (PT) aparenta ter decidido retomar a valentia esquecida após a chegada ao poder.

Sob um clima não tão leve como se esperava para uma festa, os convidados mais ilustres do aniversário – a presidenta Dilma Roussef, o pré-candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, e o presidente nacional da sigla, Rui Falcão – dispararam ataques (diretos e indiretos) a seus principais adversários.
O partido parece ter sido chamado às falas por Lula. Em discurso durante evento de lançamento da pré-campanha de Alexandre Padilha ao governo de São Paulo na última sexta-feira(reprisado no evento), o ex-presidente já com um pouco da sua antiga barba conclamou a militância a defender as bandeiras e os feitos petistas na direção do país.
"Não fizemos tudo que poderíamos ter feito, mas vamos fazer ainda mais. Entendemos mais de povo que os tucanos e ninguém fez mais por esse País do que o Partido dos Trabalhadores".
Foi além. Apontou para a possibilidade dos discursos em defesa do partido mirarem, inclusive, o Supremo Tribunal Federal e a toga de seu presidente Joaquim Barbosa. No domingo, reportagem do jornal “O Estado de S.Paulo”, já explicava que a barba e o tom do discurso de Lula eram parte da estratégia petista de responder com ataques às investidas da oposição e de possíveis inimigos contra as conquistas dos governos Lula e Dilma.
O que se viu no palco do Grande Auditório do Anhembi foi a ordem do mestre seguida à risca pelos designados para a artilharia petista. Como cereja do bolo, o discurso da presidenta Dilma encerrou o evento sem poupar uma palavra de exaltação às conquistas dos governos Lula e do seu mandato até aqui. Classificou como “pessimistas” os críticos dos resultados da política econômica do governo e de “caras de paus” os crentes no fim do ciclo petista no comando do governo federal.
"Eles teimam, teimam mesmo, em não enxergar que estamos conseguindo construir esse novo Brasil, sem abdicar dos nossos compromissos com a solidez dos fundamentos macroeconômicos, com controle da inflação, equilíbrio das contas públicas, e fazendo a dívida líquida do setor público cair", afirmou.
De forma bem discreta, Dilma ainda reservou um pedacinho dos seus 40 minutos de discurso para lembrar os condenados no julgamento do Mensalão ao afagar a militância "solidária com todos aqueles que concorreram ou concorrem a cargos, mas solidária especialmente com companheiros que mais precisam dela, com companheiros nas situações mais difíceis".
Pouco antes da fala da presidenta, integrantes da corrente O Trabalho haviam interrompido o discurso de Rui Falcão para pendurar um faixa pedindo a anulação do julgamento da AP 470. A manifestação de apoio foi feita ao som de “Dirceu, guerreiro, do povo brasileiro.” Essa interrupção do discurso do presidente do PT foi a primeira de duas. Na segunda, o motivo foi Eduardo Suplicy. Ao perceber o senador sentado na plateia, a militância começou a gritar pedindo que ele ocupasse uma das cadeiras da mesa principal.
Quando o coro impediu sua fala, Falcão informou ser ele, Suplicy, quem havia escolhido sentar ali, estando a mesa principal à sua disposição (será que a vaga ao Senado também?). Tão logo ouviu a afirmação, Suplicy saltou para cima do palco e ocupou um espaço ao lado do prefeito Fernando Haddad. O prefeito, vale constar, foi vaiado por um pequeno grupo ligado ao movimento de moradia na capital.
Mesmo interrompido por duas vezes, Rui Falcão utilizou quase todo o tempo de seu discurso para defender o partido, seus integrantes e atacar adversários e críticos do governo. Para os dois principais nomes da oposição, Falcão criou apelidos. Aécio foi transformado em “neopassadismo” e Eduardo Campos em “novovelhismo”.
Segundo ele, juntos, os dois “são parte de um mesmo corpo” e se diferenciam apenas nos personagens. Aécio e seu PSDB seriam ansiosos pela volta de “dinossauros”, os quais o “povo tem enxotado, seguidamente, pelo voto”. Já os “novovelhistas”, ligados ao governador de Pernambuco, são “falsos novos” que sonham poder “fascinar os brasileiros”.
Antes de disparar contra o Supremo Tribunal Federal, o presidente do agora valente PT afirmou ainda que o partido não nasceu para apanhar calado e nem “para virar saco de pancadas”. Um dos recados foi para o ministro Gilmar Mendes, destinatário da afirmação de que a Corte não é um partido político, nem uma torcida organizada.
Já muito bem adaptado á fantasia de candidato, o ex-ministro Alexandre Padilha também não deixou a oportunidade passar em branco. Embalado pela militância que o ovacionava, Padilha esbanjou confiança ao cravar que o partido vai ganhar as eleições em São Paulo.
Segundo ele, seus adversários tucanos estão com a “pilha fraca” e o governo de Geraldo Alckmin é “lento”, “acomodado” e “sem coragem”.
Padilha criticou ainda o comportamento, segundo ele, anti-republicano dos tucanos paulistas ao privilegiar cidades comandadas por partidos da base do governo. “O PT vai ganhar em São Paulo para trazer a era republicana para a relação do Palácio dos Bandeirantes com os 645 municípios do estado”.
Que os petistas parecem dispostos a sair da defensiva com os adversários, é fato. Resta saber se a postura será a mesma com os aliados que se apoiam na manutenção governabilidade para inflacionar o valor das alianças. Até agora, apenas o PCdoB, e seu presidente Renato Rabelo, acreditam ser recompensados o bastante a ponto de dar parabéns pessoalmente ao Partido dos Trabalhadores em sua festa de 34 anos de existência.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O ROLEZINHO E A EXPRESSÃO POPULAR DAS JUVENTUDES - Guarulhos

Começa o ano de 2014 e com ele algumas questões com a periferia brasileira, com a juventude negra e a sua expressão popular, dentro de um novo contexto. Os rolezinhos, organizados pelos jovens da periferia, estão adentrando as zonas de conforto e os espaços de “exclusividade” de uma elite brasileira que não assimilou e não aceita as transformações que vêm ocorrendo no nosso país.

O agora “famoso” rolezinho, fortemente convocado no final de 2013 e agora no início de 2014, é visto com muita desconfiança e preconceito pelas famílias de classe média-alta que frequentam espaços como os shoppings centers. O rolezinho de 15 de dezembro, no shopping de Guarulhos, acabou com 23 presos, que foram liberados pouco depois. Contra eles nenhum tipo de acusação. Houve várias outras convocatórias como a do Shopping Metrô Tucuruvi, na zona norte, onde a participação de cerca de 500 jovens foi recriminada fortemente pela PM de São Paulo.

O fenômeno dos rolezinhos (centenas, às vezes milhares de jovens, combinavam para “zoar, dar uns beijos, rolar umas paqueras”, pegar geral, se divertir, sem agressão, sem roubos, sem violência) são concentrações espontâneas de pessoas convocadas pelas redes sociais para ações em um mesmo espaço. Apenas a ocupação de um espaço até pouco tempo bem distante da realidade desses jovens, como por exemplo os shoppings nas grandes cidades.

A maioria desses jovens são influenciados pelo funk da ostentação, surgido na Baixada Santista e agora bem forte em todo o estado de São Paulo e também no Rio de Janeiro. Esse perfil musical evoca o consumo, o luxo, o dinheiro e o prazer que tudo isso dá: correntes e anéis de ouro, vestidos com roupas de grife, carros caros e utilização de espaços há pouco tempo longe da realidade.

Neste final de semana, seis shoppings do Estado de São Paulo conseguiram o apoio da Justiça para bloquear a entrada dos jovens e acabar com o direito de ir e vir de qualquer cidadão. E, ainda pior, autorizando policiais e seguranças privados para fazer abordagem aos jovens com perfil bem definido: menores desacompanhados, de baixa renda, negros(as), roupas largadas. Qual foi a solução para acabar com os rolezinhos? Cassetetes, a proibição de entrar no shopping e uma liminar onde o garoto(a) indiciado terá que pagar multa de 10 mil reais.

Qual crime essa juventude está cometendo? A saída será mesmo as bombas de gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral, balas de borracha e a mesma truculência e violação dos direitos civis usadas durante as manifestações do ano passado? Ou o mesmo Apartheid social e irracional que ainda impera em vários países e que ainda existe no Brasil?

O verdadeiro crime é a ausência de políticas sociais que incluam essa geração de jovens, que gere um leque de oportunidades, emancipação e autonomia e que são diariamente excluídas do convívio social.

De fato o que está em jogo são os direitos civis de uma parcela significativa da juventude brasileira, que, através dos rolezinhos, acabam denunciando de uma forma criativa o estado de exceção, a atitude vergonhosa de um estado e a expressão racista e violenta do conjunto de autoridades policiais, a ausência de políticas públicas, de espaços de lazer (pistas/quadras/ anfiteatro), de expressão cultural e a privatização das cidades e da mobilidade urbana no Brasil. Esses jovens negros da periferia, até então invisíveis para a parcela da Casa Grande que ainda existe no Brasil, têm o desejo de construir novos horizontes, ter opções de fomentar novas narrativas de qual país eles querem viver.

O direito à livre manifestação está previsto na Constituição Federal. O que vemos hoje é a usurpação dos direitos civis e das expressões populares no nosso país

Os rolezinhos de hoje, já aconteceram em vários outros momentos da história e vão continuar acontecendo no futuro breve em contexto social diferente. Entender e valorizar as mudanças sociais no nosso país e fortalecer a diversidade da organização e da expressão das juventudes é de fundamental importância para construir um país cada vez mais justo, igualitário, livre do racismo e do preconceito e com respeito à pluralidade do nosso povo.

Que aconteçam vários rolezinhos por mais Juventude Viva, por mais espaços públicos e área de lazer, os rolezinhos contra o racismo, rolezinhos pela desmilitarização da PM, rolezinhos por um Plebiscito Popular pela Reforma Política.

É povo! É Rolê! É Juventude Viva!

Jefferson Lima

Secretário Nacional de Juventude do PT
Membro da Direção Nacional do PT